quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Vinhos de Portugal

A última semana de Junho/2013 teve palco uma disputa interessante. Três eventos apresentaram vinhos de Portugal (Grande Degustação de Vinhos Portugueses e Grande Mostra de Vinhos do Tejo) e vinhos da Argentina (Grand Tasting Argentina 2013).

O primeiro, o Grande Degustação de Vinhos Portugueses, teve a presença de mais de 95 produtores e também promoveu a etapa final do concurso Portugal Wine Expert, conduzida  pelo meu mestre sommelier português José Santanita,  que elegeu o melhor sommelier de vinhos de Portugal dentro do curso sobre vinhos portugueses ministrado pelo próprio Santanita.

Provei excelentes vinhos, mas gostaria de fazer 2 menções:
- A simpática Alison Luiz Gomes, britânica casada com um português proprietária da vinícola Azamor, apresentou pessoalmente seus vinhos no evento. O Azamor Petit Verdot foi o que mais me chamou a atenção, com estilo e elegância franceses.


foto extraída do
site da vinícola




- O docemente sisudo Jorge Pinto Leal, proprietário da Quinta da Pedra Alta, estava lá acompanhando o importador de seus vinhos. Sou fã desses vinhos do Douro, tem estilo bem tradicional. Para quem acha importante, seus vinhos são bastante premiados.





 A 1a. Grande Mostra de Vinhos do Tejo, organizada por CVRTejo e Wine Senses, apresentou 15 produtores da região do Tejo com suas novas safras e novidades ainda não disponíveis no mercado brasileiro. Também teve lugar para a premiação dos vencedores do 1o. concurso de Harmonização com vinhos do Tejo.


quarta-feira, 16 de abril de 2014

Quando excelentes vinhos foram "apenas" coadjuvantes


Foi uma noite com tudo especial,  as pessoas, a conversa, o ambiente, a comida. No fundo os vinhos foram apenas um complemento a todo este cenário. Só para vocês entenderem o quão especial foi, os vinhos que complementaram a noite foram “apenas” o clássico Don Melchor,  o consagrado Quinta do Vale  Meão e o surpreendente (pois não conhecia ainda vinhos brancos desta DOC) Schiopetto Sauvignon Collio.


A conversa passou por muitos temas: as dúvidas filosóficas da  insignificante existência do homem frente à descoberta do bóson de Higgs  e a imensidão cada vez mais conhecida do universo, óbvio a política nacional com indignações de todas as manobras para evitar o julgamento do Mensalão e por fim um tema mais ameno que foi as maravilhas da sétima arte, o cinema.

Obs.:  as outras seis artes são Arquitetura, Escultura, Pintura, Música, Dança, Poesia, segundo o Manifesto das Sete Artes do italiano Ricciotto Canudo.

Começamos com entradas regadas pelo Casa Valduga Arte Elegance, um espumante feito no estilo tradicional com Chardonnay e Pinot Noir que acompanhou muito bem queijos, canapés de  bacalhau desfiado e castanhas.

O serviço do jantar começou com salada de folhas verdes, kani e ricota, seguido por uma polenta mole com funghi, todos acompanhados pelo surpreendente Schiopetto Sauvignon Collio, um branco da região de Fruilli, Veneto , região de excelentes brancos italianos, que apresentou uma acidez bem equilibrada e toques minerais bem pronunciados.

O prato principal foi um filet com queijo brie, couz-couz marroquino com vegetais e batatas fritas. Nem preciso dizer que os vinhos que acompanharam o prato foram algo perto do divino. Primeiro o Quinta do Vale Meão, o vinho do Douro que já conquistou a alcunha de Barca Nova, referência ao ícone português Barca Velha.  Depois o Don Melchor, o primeiro ultra-premium vinho chileno.

O Quinta do Vale Meão é predominantemente de Touriga Nacional, a cepa mais importante hoje de Portugal, com corte de outras cepas tradicionais do Douro como Touriga Franca, Tinta Barroca e Tinta Roriz. Com cor vermelha profunda,  aromas complexos e ótimo volume na boca,  realmente este vinho é um expoente da vinivicultura portuguesa.

O Don Melchor é um dos clássicos chilenos que despontaram já desde o final do século 20. Este exemplar de 2007 mantém esta tradição, bem pontuado pela crítica e representa bem os vinhos do novo mundo com bom corpo, aromas de tabaco, chocolate, compota.

A sobremesa foi um brownie de chocolate com sorvete de creme e calda quente de chocolate. Eu continuei com o Quinta do Vale Meão e Don Melchor. Os vinhos  ficaram um pouco mais amargos mas, como eles tem ótima estrutura, combinaram bem. Na verdade, eu não iria deixar nenhuma gota desses vinhos na garrafa, independente do que viria após o prato principal ;)).

Terminamos a noite em completa harmonização com comida, vinho, assuntos e ambiente.

Conseguiram entender como foi essa noite, na qual esses espetaculares vinhos foram apenas coadjuvantes? 

sábado, 5 de abril de 2014

Primeiro Tour Oficial à Bourgogne

O Comitê Regional de Turismo da Bourgogne, 
junto a École des Vins da Bourgogne, 
o Hotel LE CEP e 
Jean Claude Cara, embaixador dos vinhos da região no Brasil, convidam vocês para o Primeiro Tour Oficial à Bourgogne.










Descobrindo os Terroirs e os Vinhos da Bourgogne de 04 a 12 de outubro de 2014
Primeiro roteiro oficial montado para brasileiros pela École des Vins da Bourgogne e Comitê Regional de Turismo da Bourgogne.


Aprenda tudo sobre os vinhos da Bourgogne neste tour combinado com curso certificado em português na École des Vins da Bourgogne, tanto na teoria como na prática através de várias degustações em sala de aula e em visitas às melhores vinícolas da região, além de almoços e jantares harmonizados. Finalizaremos a viagem com uma aula de Gastronomia Bourguignonne, em um Château especialmente reservado para o evento, em que o prato principal será "cortejado" pelo Grand Cru de Romannée Saint-Vivant do mítico Domaine de la Romannée Conti, safra 2000.

Para as 4 primeiras Suítes reservadas no famoso Hotel LE CEP, que está apoiando o Tour, será concedido um upgrade da Suíte Grand Cru para a Suíte Nectar (a mais luxuosa do hotel).

São somente 16 vagas neste 1º Tour Oficial à Bourgogne e lembre-se: apenas os 4 primeiros a efetuar a reserva terão o upgrade para as Suites Nectar.


quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Paternina Banda Azul Crianza 2006


Com a ampla divulgação sobre o Toro Loco, um vinho de £3.50 que em uma competição superou vinhos renomados, fiquei curioso para encontrar outros rótulos neste mesmo perfil. Antes de experimentá-lo, escrevi este post .  Foi este  parâmetro de custo que usei para encontrar algo na mesma faixa com reconhecimento compatível.

E encontrei!!

Paternina Banda Azul Crianza 2006: um típico crianza de Rioja, produzido de forma tradicional. Cor brilhante de tijolo, já com alguns toques de marrom. O nariz é puro velho mundo, madeira, couro, terra, especiarias e tabaco. Na boca é leve, elegante, taninos macios, corpo médio.


Reconhecimento:
International Wine&Spirit Competition 2010: Prata  (a mesma premiação do Toro Loco)
Stephen Tanzer:  87/100
Decanter World Wine Awards 2010: Bronze
International Wine Challenge 2010: Bronze
Guia Penin: 86/100 (2007)

Eu tomei os dois!! Cada um, no seu estilo, é um ótimo exemplar de um vinho chamado custo x benefício.

O Toro Loco é um vinho que se encaixa na categoria "fácil de beber", leve, equilibrado, redondo e frutado. Faz bem em qualquer ocasião quando o vinho é coadjuvante.

O Banda Azul é um autêntico Rioja, mais complexo, mais evoluído, não tão óbvio. Na boca tem corpo médio, macio e faz bem na maioria das ocasiões para tomar um bom vinho.

Gosto mais dos vinhos que pedem uma conversa mais profunda.


O Toro Loco é distribuído pela Wine.com.br. Banda Azul está à venda na VinhoClic.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Harmonizações Regionais: Morcilla e Rioja


Como diz a música do Chico, estava à toa neste fim de semana quando bateu a vontade de um churrasco. Olhei o freezer e lá estava uma fraldinha. Ok, o prato principal estava resolvido. Mas e a entrada? Um churrasco não é um churrasco sem aquela lingüiça fresca de entrada. Procurei, procurei, não achei... Porém achei na geladeira uma morcilla da Pirineus embutidos, a mesma que é servida no Fogo de Chão.

Também estava à toa o vinho que estava na geladeira e o tinha aberto na noite anterior. Então, nada foi programado, planejado, tudo de última hora. Mas as estranhas coincidências da vida é que nos trazem as boas surpresas.

O vinho era um Rioja que ainda não conhecia e que queria experimentar há algum tempo para colocar no portfólio da VinhoClic: Paternina Clos  Reserva 2001. Sobre o vinho, vocês irão encontrar mais informações logo que incluirmos lá na VinhoClic.

De forma geral, este vinho é um típico Rioja, feito com as uvas Tempranillo e Mazuelo, com evidentes aromas de  frutas vermelhas, terroso, e ainda na boca é fresco e bom corpo. Apesar da idade, ainda está muito vivo.

A morcilla é um embutido feito à base de sangue suíno coagulado, arroz e/ou cebola (depende da variedade), com temperos como pimentão, nozes e passas. É um prato típico espanhol, mas encontra-se em muitos países (Itália: sanguinaccio; França: Boudin; Reino Unido: Black Pudding; Alemanha: Blutwurst). O nome morcilla tem origem na Peninsula Ibérica das palavras mukorno (céltica) e mukurra (basca).

A morcilla foi feita na brasa e harmonizou perfeitamente com o Clos Reserva. A textura cremosa da morcilla combinou muito bem com o bom corpo do vinho, e o tempero da morcilla foi bem compensado pelo frescor do Clos Reserva.

Esta é uma dica super útil para harmonizar comida e vinho: harmonização regional. Na dúvida, procure o vinho da mesma região que a comida, ou vice-versa. Saiba um pouco mais sobre harmonização na VinhoClic.
Bom apetite!!!

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Cabernet Sauvignon na Argentina

Uma das clássicas uvas de Bordeaux, Cabernet Sauvignon é talvez a uva de maior renome mundial e plantada na maioria dos países produtores de vinho. Uma uva pequena, robusta, de pele escura e grossa, transmite taninos, corpo e cor consideráveis para os seus vinhos. Como resultado, os varietais de Cabernet Sauvignon tendem a ser bastante "grandes" - com corpo, acidez, taninos, densos. Curiosamente, recentemente mostrou-se por meio de testes genéticos que a rainha das uvas vermelhas é na verdade um híbrido entre Cabernet Franc e a uva branca Sauvignon Blanc.

 Com estes elementos estruturais fortes, Cabernet Sauvignon geralmente envelhece bem - na verdade, eles geralmente precisam de um bom número de meses em carvalho seguido por tempo de garrafa para permitir que os ácidos e taninos “amoleçam” até o ponto onde o vinho está em seu equilíbrio ideal. Cabernet Sauvignon se dá melhor em climas mais quentes e se beneficia de uma temporada longa de maturação. Aromas e sabores mais frequentemente atribuídos à Cabernet Sauvignon são frutos negros - amoras, groselhas (também conhecido como cassis) - além de frutas vermelhas, como morangos e groselhas às vezes são observados. Também pimenta preta picante e notas herbáceas como hortelã e alcaçuz são muitas vezes associadas à presença desta uva.

Malbec é a uva emblemática da Argentina e o país ganhou fama mundial com vinhos feitos desta uva. Mas a Cabernet Sauvignon pode ser uma rival forte a disputar qual a melhor uva para os vinhos do país. Em solos da Argentina, especialmente Mendoza, a Cabernet Sauvignon encontra as seguintes condições: elevadas altitudes, solo rochoso, ampla insolação, maior amplitude término entre dia e noite. Além disto, é colhida geralmente no final da época da colheita, no final de março, e assim permanece maior tempo na videira. 

Desta forma, os vinhos monovarietais de Cabernet Sauvignon produzidos na Argentina se tornam singulares no mundo, e são aromáticos, generosos, com bastante fruta e especiaria, bem estruturados mesmo jovens, tem um caráter fresco e de alta qualidade. Também por ter características mais austero, boa presença de acidez e taninos, muitas vezes é combinado com Malbec (ou outras uvas típicas de Bordeaux como Merlot, Cabernet Franc, Petit Verdot) para 'completar' o vinho e suavizar suas bordas às vezes ásperas de taninos. Mas estes assemblages fazem talvez os melhores vinhos argentinos. Hoje os vinhos ícones e as melhores bodegas da região incluem a Cabernet Sauvignon nos seus vinhos top.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Vinho Brasileiro: para conhecer e amar

Taste & Buy Brasil dia 26 de Outubro na Vino & Sapore
logo
Das 16 às 20 horas, um evento especial para você quebrar, ou confirmar, seus preconceitos para com os vinhos e espumantes brasileiros. Para sair da mesmice de sempre quando o assunto é vinho e em especial brasileiros, João Filipe Clemente, da Vino&Sapore, garimpou alguns rótulos, produtores, uvas e regiões diferenciadas que possuem uma ótima relação Qualidade x Preço x Prazer e gostaría de compartilhar esses achados com vocês. Por apenas R$30,00 você é convidado por ele a vir provar mais de 15 vinhos tranquilos e espumantes e tirar a prova dos nove!  Se gostar, você encontrará lá algumas garrafas para venda também e você terá um crédito de R$10 para compras dos rótulos em degustação. Ainda  mais duas vinícolas podem participar deste evento, mas eis a previsão de produtores participantes:
Aracuri Vinhos Finos (Campos de Cima/RS), Bela Quinta (Flores da Cunha/Serra Gaúcha), Vinícola Campos de Cima (Campanha Oriental/RS),  Identidade (Encruzilhada do Sul/RS),  Valmarino & Churchill (Pinto Bandeira/Serra Gaúcha),  Villaggio Grando (Caçador/SC) e ainda por confirmar a Angheben (Encruzilhada do Sul/Serra Gaúcha) com suas uvas pouco cultivadas por aqui como a Touriga Nacional, Terroldego e Barbera. Também suco de uva natural que é uma das especialidades das Serras Gaúchas!
    Serão apresentados vinhos elaborados com Tannat, Viognier, Cabernet Franc, Marselan, Arinarnoa, Guewurztraminer, Blends, Espumantes e os Merlots e Cabernet Sauvignon só que com um tempero diferente  e com preços acessíveis versus a qualidade apresentada. As vagas são limitadas a 40, então não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje e já garanta seu lugar. Envie seu e-mail com solicitação de reserva para comercial@vinoesapore.com.br ou passe na loja.
Você encontrará o endereço e telefone no site da loja: http://www.vinoesapore.com.br/

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Monte Agudo, Vinícola em São Joaquim/SC

No final da tarde de domingo, 05/maio/2013, chegamos na Monte Agudo para conhecer a vinícola, o vinhedo e seus vinhos. O Leônidas estava lá para nos receber.

Conheci a Monte Agudo na Expovinis 2013 dentro do espaço da Acavitis. Estavam a Patrícia e o Leônidas atendendo ao público. Foi ali que comecei a conhecer a história da vinícola. O Leônidas, médico pediatra, que mora em Videira, nutria uma grande paixão pelos vinhos e resolveu, junto com o sócio, investir na criação da vinícola em São Joaquim, local que acreditam ter alto potencial para a produção de vinhos devido às características peculiares da região, notadamente a altitude de 1.300m.

Já estava entardecendo, o frio chegando. Fomos recebidos pelo Leônidas na sede da Monte Agudo, na verdade um grande salão de festa. Por sinal, na noite anterior havia tido uma recepção e a salão ainda não havia sido arrumado, estava como o deixou o último convidado a sair da festa. Sem dúvida, deve ter sido uma bela recepção. O Leônidas me falou em 50 convidados, então cada um dos convidados estava com umas 3 taças pelo menos, pela quantidade delas espalhadas pelo salão.

A marca da Monte Agudo está ali, naquele salão ainda desarrumado. Além da produção do vinho, existe a preocupação de envolver seus clientes em um ambiente agradável, bucólico e acolhedor.

Flyer do Piquenique
da Monte Agudo
Neste sentido,  a Monte Agudo passou a receber turistas para degustar vinhos debaixo das parreiras em clima de piquenique. Além disso, oferece no inverno a degustação de vinhos e tradicional sapecada de pinhão. Mais detalhes, encontra-se no blog da Monte Agudo. Pelo jeito, essas ações tem o toque da Carolina, sommelier da vinícola com ares de gerente de mktg.

Existem planos muito maiores para incrementar as ações de turismo na vinícola, como comentou o Leônidas, e parece que a região tem um potencial enorme. Falta um pouco de infraestrutura para acomodar um afluxo maior de turistas, mas quem investir terá bons resultados.


A vinícola vem alcançando bons resultados, fruto do trabalho do técnico responsável Dr. em Enologia Jean Pierre Rosier. Veja a lista de premiações abaixo:
Concurso Mundial de Bruxelas 2011
   Tinto 2009 Cabernet Sauvignon / Merlot – Medalha de prata
   Espumante Sinfonia Brut Rosé – Medalha de prata
EXPOVINIS 2011
   Chardonnay 2008 – 2º lugar geral na categoria branco / 1º lugar nacional na categoria branco

Percebia-se o cansaço no rosto do Leônidas naquela tarde de domingo. Recepcionar 50 convidados não é fácil. Mais difícil ainda nos esperar o domingo todo, enqto sua família já tinha retornado a Videira, afinal o dia seguinte era uma segunda. Apesar disso tudo, o Leônidas nos recepcionou de forma muito amável e atenciosa. Degustamos os 3 vinhos da vinícola, acompanhados pelo presunto defumado do Nazário (QSM),  conversamos por mais de 5 horas!!! Isto demonstra toda a sua paixão pelos seus vinhos e o respeito pelos seus apreciadores.

Além dos ótimos vinhos, a Monte Agudo se transforma na casa, no lar de todos os apreciadores de vinho.





sexta-feira, 17 de maio de 2013

I Tiradentes Vinho&Jazz Festival

Imagine juntar os melhores prazeres da vida. Imagine a marca do seu produto ou empresa associado a momentos inesquecíveis.
O Festival Vinho&Jazz em Tiradentes irá compartilhar música de altíssima qualidade, gastronomia e vinhos! 
Veja no texto abaixo, as possibilidades de patrocínio.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Uma Placa na Estrada

Uma placa na estrada foi o início para que um vinho brasileiro ganhasse um prêmio no Concurso de Vinhos de Lyon! Esta placa ai ao lado.

Esta é a placa da estrada que fez John mudar seu roteiro
e visitar a QSM
O John, amigo e sócio na VinhoClic, encontrou esta placa na estrada em Maio/2012 e percorreu 12km de estrada de terra até à Quinta Santa Maria, administrada por Nazário Santos.

E como este vinho chegou no concurso? O Jean Claude Cara, consultor de vinhos e de enoturismo na Bourgogne, responsável pelos vinhos brasileiros no "Concours International des Vins à Lyon", queria colocar mais um vinho brasileiro no torneio.

Conversando com o Jean sobre o seu Guia de Vinhos da Borgogne, que será lançado em breve, ele me perguntou se poderia dar alguma indicação. Fiz alguns contatos e o Nazário prontamente aceitou participar do concurso. Só poderiam participar vinhos monovarietais e assim Nazário enviou o rótulo "Utopia Glamour 2012", um 100% chardonnay.

Q ousadia, não? Um Chardonnay para concorrer com os consagrados Chardonnays Bourguignons e na terra deles, como diriamos por aqui, no campo do adversário. Uma ousadia que teve a sua recompensa.

O Utopia Glamour 2012 ganhou uma medalha no torneio (http://www.concourslyon.com/fiche-vin-8673-Quinta-Santa-Maria-Glamour.html), motivo de muito orgulho de toda a comunidade de vinhateiros da Serra Catarinense.

Um ano depois de encontrar a Placa na Estrada estivemos lá para comemorar com o Nazário o prêmio alcançado no Concurso de Lyon.

Fomos recebidos pelo Nazário e pelos cachorros da propriedade, o Colie e o Buster! Ótima recepção. A comemoração começou com o espumante "Da Princesa", um espumante rosé que será lançado em breve.
.
Excelente Espumante Da Princesa,
muito cremoso, bem sêco
Para acompanhar o espumante, um chouriço português feito pelo próprio Nazário preparado de um modo bem português, grelhado no álcool.
O delicioso almoço preparado pelos funcionários da Quinta foram muito bem acompanhados pelos vinhos Utopia Lote1 e Gran Utopia 2008.
Chouriço português
A conversa corria solta. Nazário falou sobre a propriedade, a empresa, seus novos desafios que imagino logo serão divulgados. O Nazario, com seu espírito muito crítico, expressou toda a sua angústia com a apatia do povo brasileiro em brigar por seus direitos de cidadão e por melhorias no país. Tudo isso porque fazer vinho no Brasil é uma tremenda dificuldade. Algumas dificuldades banais que o Nazario expôs que deixam claro como a legislação brasileira não está preparada para a produção do vinho: os rótulos dos vinhos brasileiros não podem conter adjetivos como reserva, gran reserva, especial, etc.; vinhos com mais de 14% de alcóol tem que ostentar no rótulo a classificação de vinho licoroso. Obs.: Vinho licoroso sêco, alguém conhece algum?? Óbvio que não deixamos de pontuar as principais problemáticas em produzir (ou importar/comercializar) que são complexidade de impostos, infra-estrutura inadequada, falta de apoio etc etc etc....
Evidente a cremosidade deste
espumante de cor muito atraente.

Por fim, fomos visitar os vinhedos e conhecer de onde saiu a Chardonnay que ganhou o prêmio em Lyon!
Na parcela lá em cima no morro fica a plantação do
Chardonnay ganhador do prêmio em Lyon
Em outro post falarei um pouco mais sobre a propriedade, mas Nazário escolheu o local e o preparou para ser similar às condições de vinhedos do Rio Douro. Sim, na propriedade há um rio que passa bem lá embaixo e as encostas foram recortadas para formarem os degraus para a plantação das videiras.

O enólogo responsável é Jean Pierre Rosier.





Uma comemoração simples de um grande feito. Sinto-me realizado por ter feita uma pequeniníssima contribuição para que o esforço dos vinhateiros artesanais do Brasil fosse reconhecido, e, como sempre acontece no Brasil, primeiro no exterior. Mas tenho a certeza de que o brasileiro ainda vai tomar o nosso vinho com respeito e orgulho de um produto de alta qualidade e que representa as nossas características.



Esta foi a primeira vista da QSM ainda na estrada de terra que leva à quinta,
entre as araucárias, vales e montanhas da serra.
Cenário bucólico da Quinta Santa Maria




Nazario, John e os vinhedos da QSM

Nazario, eu e uma outra visão dos vinhedos da QSM

P.S.: não tomei o Utopia Glamour, já estava esgotado! O Nazário prometeu conseguir uma garrafa para me enviar e ai sim poderei experimentá-lo.

sábado, 4 de maio de 2013

Os Amarones da Encontro de Vinhos OFF

Participar de muitos eventos significa experimentar muitos rótulos de vinho!!! Mesmo assim, muitos, mas muitos rótulos mesmo deixei de experimentar.

Fui aos eventos sem um foco específico. Ora acompanhava algum amigo ou amiga nas visitas a stands, ora visitava amigos e amigas que estavam expondo, ora sozinho mesmo gastando meu "portunholglish"!!

Como falei no meu post anterior, Reflexões da Semana do Vinho em SP, muitos produtores vieram aos eventos para encontrar um importador e fazer negócios no Brasil. Encontrei alguns rótulos bem interessantes.

O Encontro de Vinhos OFF teve a presença da Consorzio Tutela Vino Valpolicella que trouxe vários produtores da região. Um em especial me agradou, mas antes vou explicar como cheguei lá.

Passeava por entre as mesas dos expositores do evento quando encontrei João Valduga experimentando os vinhos do Veneto. Rapidamente ele me deu a dica: "experimente esses dois Amarones, um desta mesa e o outro daquela bem no final varanda". Quem esteve lá, irá se recordar que os vinhos de Valpolicella estavam na varanda no fundo da exposição, fora da sala principal. Ótima dica: o da esquerda foi eleito o 3o. melhor vinho da feira. O João preferiu o Santa Sofia (Ravin), um vinho super premiado. Eu já gostei mais do Scriani (sem importador).

O Santa Sofia Amarone della Valpolicella 2007 coleciona boas avaliações das suas safras, e este 2007 recebeu 92 pontos da WS e 5 Grappolli Bibenda 2013. Excelentes credenciais, não?! Veja ficha técnica do vinho mais abaixo.

O Scriani Amarone della Valpolicella 2008 (link para a ficha técnica) me pareceu mais elegante, apesar de ter 16% de alcool contra 15% do Santa Sofia, além de um alguns toques especiaria e alcaçuz. Não é um vinho tão premiado, mas surpreendeu!! Alguma importadora precisa trazer este Amarone, uma delícia.

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FICHA TÉCNICA SANTA SOFIA AMARONE DELLA VALPOLICELLA
Production area
Classic Valpolicella area, on the stony hills in the village of Negrar, Fumane, San Pietro Incariano and Marano, North of Verona.
Grape varieties
Corvina (65%), Rondinella (30%), Molinara (5%), with drying of grapes for a period ranging from 90 to 120 days with a loss of water of 30%.
Yield
Each 100 kg of grapes 40 litres of first pressing.
Contents
Alcohol 15% by Vol. Total acidity 5,5-6‰. Dry extract 32-34‰.
Ageing
36 months in small Slavonia oak barrels.
Refining
8 to 12 months in the bottle.
Sensory impressions
Strong ruby red that becomes garnet. Typical and very intense bouquet but with a delicate, full, warm and velvety taste.
Serving information
20°-22° C in balloon glasses.
Dining accompaniment
Grand roasts, game, matured cheeses.
Longevity
If correctly stored, it evolves for a long period of time (8 to 12 years).
Particularity
Made with the best grapes, after the traditional drying it is vinified according to the classical method. For its lower tannicity compared to the great Italian red wines (such as Barolo, Brunello di Montalcino..) it is largely understood and is suited to a large range of accompaniments.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Reflexões da Semana do Vinho em SP

Elisa da Azienda Agricola Scriani
sem importador.
Seu Amarone foi o 3o colocado no Top5 do Encontro de Vinhos OFF
É pessoal, pelo jeito a coisa anda feia aí para fora do Brasil. Nas feiras de vinhos da semana passada (22 a 26/abril/2013) viam-se muitos produtores estrangeiros expondo seus produtos a procura de importador. Por outro lado, muitos poucos grandes importadores participaram das feiras.

Acontece que está sobrando vinho por lá, pois o europeu está consumindo menos vinho, vinhos mais caros mas em menor volume. Perguntei a razão e me deram alguns motivos: 1) a crise econômica reduziu o poder de compra; 2) os jovens já não tem o mesmo hábito de beber vinho; e outros fatores menores, como a lei seca que também por lá se intensificou, têm algum impacto nesta caída no consumo.


A holandesa Emilia da Enoteca Nederland
trouxe os vinhos da familia Barollo (Veneto).
Primeira vez no Brasil, avaliando o mercado. Sem importador
Alguns desses produtores vieram realmente com o espírito desbravador, sem nenhum contato local, para entender melhor o mercado, prospectar. Lançam-se sem uma visão e estratégia específica para o mercado brasileiro. O que percebi em termos de estratégia comum à maioria desses produtores foi produzir e trazer vinhos com o gosto do brasileiro: amadeirado e alcoólico. Achei algumas exceções.
Mas acho muito pouco, afinal o mercado por aqui está cada vez mais competitivo e influenciado pelo marketing, o brasileiro ainda não está educado o suficiente para escolher o bom vinho e portanto a mídia tem forte influência na escolha.
A Andrea Celasso veio apresentar os
vinhos mendocinos da Viamonte.
Sem importador



O mercado está muito competitivo sim, cada vez mais players em um mercado que não cresce. Não tenho acesso às últimas pesquisas de mercado, mas o que se fala pelos corredores é que o mercado brasileiro continua com os 2 litros per capita de consumo (1,5 l de vinho de mesa e 0,5 l de vinho fino). Há alguns anos se escuta esse mesmo número.



Acho que o destaque desse período de feiras ficou com os vinhos brasileiros. Houve um investimento maciço das vinícolas e seus representantes. Vi com muita alegria este movimento, junto com o "3o. Debate O Vinho no Brasil" quando o  presidente do Comitê do Vinho da FecomercioSP, Didú Russo, falou sobre as ações do comitê em favor da desoneração e da desburocratização do setor.


A Madame do Vinho Brasileiro

A Casa Valduga fez um evento exclusivo uma semana antes para apresentar seus vinhos. Um evento de altíssimo nível. Veja meu post sobre este evento: Valduga Gallery Wines

No Encontro de Vinhos OFF, a incansável  Madame do Vinho (Brasileiro) Sonia Denicol atendia um sem número de apreciadores dos vinhos brasileiros de pequenos produtores.

Na Expovinis, a área da Vinhos do Brasil era a maior, a mais bem localizada, ampla e aberta. Ao redor desta área estavam a Acavitis (vinhos de Santa Catarina), Aurora, Garibaldi, Pericó, Miolo, Pizzato, Salton.Tenho a certeza que irá crescer a fatia de mercado dos vinhos brasileiros.


Agora, o mercado todo precisa crescer. E para crescer o preço tem que abaixar, em todos os componentes do preço: impostos, custos de logística e margens ao longo da cadeia!!!






Foto da Ibravin by Jane Prado

sábado, 27 de abril de 2013

Semana do Vinho em SP

Esta semana SP foi a capital do vinho! A semana da Expovinis 2013, que aconteceu de 24 a 26/abril Expo Center Norte, é sempre recheada de vários eventos.  Destaco Gambero Rosso Road Show que apresenta os 50 top-wines (Tre Bicchieri) das principais vinícolas e mais outros 200 vinhos da Itália; o Encontro de Vinhos OFF, realizado sempre em São Paulo um dia antes da ExpoVinis, que conta com importadores, produtores brasileiros e de diversas partes do mundo para apresentar seus lançamentos ao mercado brasileiro; a própria Expovinis, que é o prinicipal palco para produtores nacionais e internacionais apresentar seus rótulos a compradores de todo o Brasil e América Latina.

Assim foi o Encontro de Vinhos OFF:




As taças na entrada com o reflexo do sol trazendo um dourado especial!!

















                                                 A Lista dos Top 5















Na Expovinis, rsta é a lista dos melhores da feira:

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Valduga Gallery Wines

O nome do evento já indica a qualidade e o cuidado da Casa Valduga com os seus produtos. Ontem, dia 11/abr/2013, a Casa Valduga promoveu um evento de muito requinte, agradável em todos os detalhes em um ambiente muito acolhedor que só os melhores anfitriões sabem proporcionar.

Como me disse o João Valduga: "este evento é uma homenagem aos parceiros da Valduga". Esta é a cara da Casa Valduga, simples no trato, hospitaleira na essência e esmero nos cuidados em tudo o que envolve a produção de seus vinhos. Este evento mostrou exatamente o que a Casa Valduga propõe.

Seus premiados vinhos estavam dispostos em setores de acordo com suas linhas: Raizes/Mundus, Leopoldina, Identidade e Espumantes.

Posso destacar:
O Identidade Premium Pinot Noir 2012, o mais recente lançamento: bem frutado, leve, aromas de boa complexidade.

Eu pessoalmente gostei do Identidade Gran Corte 2009, um corte inusitado de Arinarnoa, Marselan e Merlot. Muito interessante e exótico, bom corpo, intenso e de boa complexidade.

Outro vinho muito interessante é o Leopoldina Gran Chardonnay DO 2011. A passagem em madeira proporcionaram alguns aromas adocicados, apresentou ainda aromas florais e na boca boa untuosidade.

Ótimos vinhos, mas nada comparados aos espumantes.

O Maria Valduga é uma jóia desde seu visual antes da taça, digo a sua garrafa. E o vinho em si não deixa para menos. Este foi o espumante que brindei a passagem de último ano!

Agora, o melhor de todos, na minha modesta opinião, foi o Gran Reserva Nature 2006. Aromas muito presentes de brioche, fermento, mel e amendoas. Na boca, muito refrescante, cremoso. Enfim, daqueles espumantes que marcam muito e deixam a vontade de experimentar mais e mais.

Parabéns à Casa Valduga pelo evento, à sua organização e principalmente à sua hospitalidade. Uma casa de amigos!

E o fechamento não poderia ser melhor, uma garrafinha de brandy para cada convidado!

Quer montar sua Galeria de Vinhos? Não podem faltar os grandes vinhos da Casa Valduga!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Retrospectiva 2012




O ano em que o mundo iria acabar acabou!

Foi um ano intenso. Incrível que, por mais que planejamos, o inesperado acontece e faz as nossas vidas navegar por correntes agitadas e desconhecidas. Não poderia ser mais excitante!



Tudo o que aconteceu em 2012 preparou o caminho para um 2013 ainda mais desafiante.

E a minha relação com o vinho vai se tornando cada vez mais íntima. Durante todo o ano que passou estive muito próximo, com as confrarias, as degustações, eventos, cursos, em contato com os importadores e distribuidores, e principalmente junto daqueles que podem me trazer mais e mais conhecimento na área.

Foi divertido, trabalhei muito, fiz amizades, me surpreendi. Uma pena que ainda não posso viver 100% do vinho. Meu tempo para o vinho é bem menos do que isso, mas este continua a ser um dos meus principais objetivos.

A respeito de rótulos, prefiro citar aqueles que me surpreendem. Os melhores nem precisam ser mencionados, afinal já tem muito marketing em cima e não quero ficar no lugar comum. Aliás, esta é a proposta da VinhoClic, surpreender, sair do comum, do óbvio.

O ano começou promissor. Conheci os vinhos do Chateau Villars-Fontaine, o especialista e apaixonado por Borgonha Jean Claude Cara e a Sonia Denicol, a Madame do Vinho, em um curso sobre os vinhos da Borgonha. Tive o privilégio de organizar pela VinhoClic, a convite do Jean, este mesmo curso no mês de novembro na Enoteca Saint VinSaint. Chateau Villars-Fontaine Gamay du Futur 2003 foi o vinho que mais me surpreendeu desta vinícola, um Gamay potente, encorpado, complexo!

Tenho que mencionar o Elephant Rouge 2008, um vinho com a assinatura do Jean, entre os vinhos que mais me surpreenderam este ano (senão o que mais..), . Uma pena que já se esgotou.... :´((

Já em Dezembro, a VinhoClic também organizou, com o apoio do Alexandre Furniel, um curso degustação de espumantes no Hotel Caesar Faria Lima.

Recebi com muito orgulho o diploma de conclusão do curso de Vinhos de Portugal outorgado pela Wine Academy, organizado pelo meu amigo José Carlos Santanita, um educador por excelência! Tenho acompanhado, mesmo que a uma certa distância, seu projeto de educação e suas iniciativas Portugal Wine Expert e Wine Senses, que vão de vento em popa. Sinto-me orgulhoso de ter participado dos primeiros passos aqui no Brasil.

Participei de vários eventos, mas destaco a degustação de vinhos de Bordeaux safra 2009, organizada e realizada pela Union des Grands Crus de Bordeaux, sob a batuta de Caroline Putnoki. Tive a oportunidade de degustar vinhos espetaculares, alguns nota 100 de Robert Parker (apesar de não me importar muito com pontuações..... me parece que há mais critérios nestas pontuações do que somente os técnicos). Dos que degustei, o Chateau Clinet foi o que mais me marcou, complexo, belo corpo, ainda jovem mas já muito bom para se beber.

Por falar em eventos, o Encontro de Vinhos, organizado por Beto Duarte e Daniel Perches, já é um dos grandes acontecimentos do mercado de vinhos. São 5 cidades com este evento. Por falar em surpreender, este na sequência foi daqueles eventos aconchegantes, repletos de coisas boas e gente interessante por todo lado: 1º Granja Viana Wine Fest, organizado pelo João Felipe da Vino&Sapore. Aliás, o João abriu as portas da Vino&Sapore para muitas das degustações do guia que o Beto Duarte está desenvolvendo (aliás, estamos ansiosamente esperando por sua publicação). Por falar neste guia, as degustações foram sempre momentos de puro prazer ao lado de blogueiros, agora amigos: além do Beto e do João, participavam o Evandro,  a Vanessa, a Evelyn e o Alexandre, o Alexandre Frias, Cristiano, o Deco da Winet, , a Jane, a Michelle, a Nadia, a Renata, o Victor, o Walter, o Mauricio.

Garimpei muito! Foram muitos vinhos degustados e várias surpresas positivas. Cada um deles, mereceria um post específico, mas só vou mencionar os nomes:

- Goulart Reserva Malbec 2007
- Clos de Chacras Gran Estirpe Malbec 2007
- Imperial Toledo
- Judas
- Dogajolo
- Pequeñas Bodegas Viñas de Chacras, Malbec Roble e CS Roble
- Cava 1312
- Inurrieta Mediodia
- RAR Viognier
- Tapada de Coelheiros Chardonnay
- Domaine de Pellehaut Harmonie de Gascogne
- Champagne Esterlin Brut Selection

Por fim,  a linha de vinhos que mais me surpreendeu foi da Bodega Paternina de Rioja:
- Clos 2001
- Conde de los Andes Gran Reserva 2004
- Banda Roja Reserva 2004
- Banda Azul Crianza 2006

Isto sem falar nos custos desses vinhos! Excelente.

Um Natal de muita luz!

sábado, 15 de dezembro de 2012

Degustação de Espumantes com Alexandre Furniel


Sommelier formado pela SBAV-SP apresentará opções singulares da França, Espanha, Itália e Brasil 
Para encerrar as atividades do ano, a VinhoClic está organizando uma degustação com significativas opções de champagnes, cavas e espumantes italianos e brasileiros.
O evento, que acontecerá no próximo dia 20 de dezembro será conduzido pelo sommelier Alexandre Furniel, que discorrerá sobre as características e diferenças dos champanhes, espumantes e cavas. Alexandre Furniel é Mestre em Sociologia, sommelier pela SBAV-SP, com especialização pela ABS-SP, WSET-Londres e pelo Curso Superior em Degustação pelo Ministério da Agricultura da Argentina.
Para completar a noite, serão servidos dois pratos do cardápio do Restaurante Agraz: salada de agrião, peras ao champagne e uvas brancas e gorgonzola e tagliatele com brasato e funghi.
Serviço:
Data: 20 de dezembro, às 20h
Local: Restaurante Agraz - Rua Olimpíadas, 205
Valor: R$ 150,00
Informações e inscrições: (11) 2737-1401 / cursos@vinhoclic.com.br
As inscrições vão até o dia 18/12 e as vagas são limitadas.

Sobre a VinhoClic
A VinhoClic (www.vinhoclic.com.br) nasceu em 2011 para apoiar os apreciadores de vinhos no desafio de selecionar um bom rótulo frente a inúmeras ofertas disponíveis no mercado, que muitas vezes se apresentam com pouca informação e a preços exorbitantes. Com o objetivo facilitar o acesso de apreciadores de vinhos a rótulos que estão fora das prateleiras e dos canais tradicionais, a preços competitivos, a VinhoClic se posiciona como um canal de a disseminação de informações sobre a produção nacional e estrangeira.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Curso e degustação de vinhos da Borgonha com Jean Claude Cara


Sommelier franco-brasileiro é o convidado da VinhoClic para apresentar estes fascinantes vinhos, famosos em todo o mundo.

São Paulo, 15 de novembro de 2012. A VinhoClic realizará no final do mês de novembro curso de vinhos da Borgonha com o sommelier e consultor franco-brasileiro Jean Claude Cara.
Jean Claude, que reside atualmente em Beaune, capital dos vinhos na Borgonha, é Consultor em vinhos, Chef de Cozinha e sócio-proprietário no Château de Villars Fontaine, além de ser responsável pela relação Brésil-Bourgogne quanto aos assuntos Enoturismo, Importações e Cursos. Também é escritor do Guia de Vinhos da Bourgogne que será lançado no Brasil em 2013. Criador do projeto Éléphant Rouge, vinho de garagem nacional produzido no Vale dos Vinhedos com características inspiradas em métodos Franceses de vinificação.
Durante o curso, que tem a duração de 3 horas e meia e 18 vagas, serão apresentados seis diferentes rótulos para degustação e serão abordados temas como:
História: da elite galo-romana até a atualidade;
Mosaico: O terroir, os climats e os vinhedos;
Uvas: suas características e variedades;
Pirâmide: Princípios e Repartição;
Degustação: Cores, aromas e sabores; 6 grandes vinhos da Borgonha
Ao final, será servido um Boeuf Bourguignon aos participantes.

Serviço:
Local: Enoteca Saint VinSaint, Rua Professor Atílio Innocenti, 811, em São Paulo.
Data e horário: 30 de novembro de 2012, às 19 horas.
Informações e inscrições: até o dia 28/11, pelo telefone (11)2737-1400 ou pelo e-mail cursos@vinhoclic.com.br
Preço: R$ 280,00 por pessoa
Forma de pagamento: depósito bancário até o dia curso.

Sobre a VinhoClic
A VinhoClic (www.vinhoclic.com.br) nasceu em 2011 para apoiar os apreciadores de vinhos no desafio de selecionar um bom rótulo frente a inúmeras ofertas disponíveis no mercado, que muitas vezes se apresentam com pouca informação e a preços exorbitantes. Com o objetivo facilitar o acesso de apreciadores de vinhos a rótulos que estão fora das prateleiras e dos canais tradicionais, a preços competitivos, a VinhoClic se posiciona como um canal de a disseminação de informações sobre a produção nacional e estrangeira.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Max Brands apresenta nova linha de vinhos Chilenos: Chilcas, da Via Wines


A Importadora Max Brands apresenta sua nova linha Premium de vinhos Chilenos que acaba de chegar: Chilcas, do Vale do Maule. Produzidos pela Via Wines, uma vinícola audaz e inovadora, seus vinhos refletem a tradição vitivinícola do Chile, com um toque de modernidade.

Seus mais de 1.039 hectares de vinhedos estão localizados nos principais vales: Maule, Casablanca, Curicó e Colchágua. A produção é feita com a menor intervenção possível dos enólogos na busca da máxima expressão de cada varietal, refletindo fielmente o precioso terroir. O resultado deste trabalho são vinhos equilibrados, de boa estrutura, complexos, nos quais o tempo em barrica representa um complemento fino e elegante.

Entre as variedades cultivadas está a uva Pais, também chamada Mission, (em espanhol, Misión), assim denominada em homenagem as primeiras missões franciscanas da Califórnia, que trouxeram a uva da Espanha via México. A mesma uva também foi levada para o Chile e Argentina, onde ficou conhecida como “País” e “Criolla” respectivamente. Esta uva de alto rendimento era utilizada como base dos vinhos de mesa. A Chilcas assumiu o desafio de, com uma uva pouco nobre, fazer um vinho de qualidade. O resultado surpreendeu a todos: um vinho volumoso, com taninos persistentes e abundantes.

O enólogo chefe da vinícola Chilcas, Camilo Viani, é formado na Universidade do Chile com mais de 11 anos de experiência nas melhores vinícolas chilenas, como Concha y Toro, Casas del Bosque e Viña Mar, um projeto de boutique da Viña San Pedro.

Autenticidade, sustentabilidade e harmonia são os pilares que guiam a elaboração dos vinhos Chilcas, sem perder de vista a preocupação com o meio ambiente. E as ferramentas utilizadas são moderníssimas, o que permite controlar o ecossistema; tratar a água utilizada e reutilizá-la novamente na natureza; moderar o uso da água no vinhedo na quantidade exata necessária; controlar pestes e doenças de forma orgânica e, finalmente, controlar a qualidade do ar.

Na Vinícola fazem um uso da água racional, controlam o uso eficiente de materiais, se preocupam com a economia de energia e controle de resíduos sólidos. Seus vinhos são engarrafados com garrafas “ecoglass”, de acordo com a filosofia sustentável. Tudo isso como uma forma de agradecer à terra por tudo que ela lhes dá.

A Via Wines atua também na Comunidade onde vive, buscando usar os recursos humanos das regiões que os cercam, dando apoio ao artesanato local encomendando a eles os presentes que dão aos convidados, por exemplo.

Chilcas é o nome que o povo Quechua dá um arbusto que cresce na base do vulcão “Descabezado”. Este arbusto era utilizado para tingir as roupas mais seletas deste povo.

A Chilcas produz três linhas de vinhos (Single Vineyards; Reserva e Selected Vineyards) além de um Late Harvest e dois vinhos ícones: Las Almas – produzido com a uva Carménère, considerada a essência do Chile, tendo no rótulo o desenho do DNA desta cepa; e o Red One, um vinho de corte bordalês - Merlot; Cabernet Franc; Cabernet Sauvignon e Petit Verdot – resultando num vinho muito complexo e elegante.

Localização:
Seus vinhedos estão localizados nos Vales de Casablanca, Colchágua, Curicó e principalmente Maule, onde existe uma maior diversidade geográfica.

A grande diversidade de solos presentes no vale permite o cultivo de muitas variedades. A ampla gama disponível se transforma numa fonte de inovação e experimento para a equipe de enólogos e viticultores, sempre em permanente busca da mais alta qualidade e excelência.
  
Vinhedo San Rafael – Desde 1998 o mais importante vinhedo do Vale do Maule, possui plantações de uvas tintas e brancas. A grande maioria dos vinhos Chilcas é originária deste vinhedo, como o Single Vineyard Cabernet Franc, um vinho sensacional, com taninos suaves e elegantes, e grande persistência.
  
Vinhedo Tapihue – Localizado no Vale de Casablanca, a poucos quilômetros do Oceano Pacífico, seu clima fresco e solo argiloso tem feito desta área uma apelação reconhecida em nível mundial pela qualidade de seus vinhos brancos e Pinot Noir. Como o Reserva Sauvignon Blanc, fresco e mineral, com sabores tropicais e uma acidez agradável.

 Vinhedo Nilahue – O Vale do Colchagua é hoje mundialmente reconhecido pelos vinhos elaborados com Cabernet Sauvignon, Carmenère, Syrah, Sauvignon Blanc e Chardonnay. O Reserva Cabernet Sauvignon, originário desse vinhedo, é um vinho persistente com acidez equilibrada, taninos abundantes e de grande qualidade.

Vinhedo Los Niches – No Vale do Curicó, próximo a Cordilheira dos Andes. Neste vinhedo são plantadas a Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Carmenère, Merlot, Syrah, Sauvignon Blanc, Chardonnay e Pinot Noir. Os vinhos se caracterizam por sua expressão especialmente frutada, resultado da grande diferença entre as temperaturas do dia e da noite.

Vinhos Chilcas:

Select Vineyards –  linha de entrada com vinhos que refletem a fruta e os aromas característicos da variedade, expressivos e autênticos. Cabernet Sauvignon, Carménère e Sauvignon Blanc.

Reserva – vinhos de terroir, elaborados com uvas especialmente selecionadas, bem equilibrados, com boa estrutura e potência: Carmenère, Syrah, Sauvignon Blanc e Chardonnay – (10 meses de barril).

Single Vineyard – nesta linha produzem Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e País (12 a 14 meses de barril)  Pinot Noir (10 a 12 meses de barril)  e Chardonnay  (70% em 12 meses de barril).

Late Harvest – com 93% Sauvignon Blanc e 7% Gewurztraminer, com 11,5% de álcool. Amarelo profundo com reflexos dourados, muito aromático, apresentando notas de papaya, casca de laranja, figos e damasco, além de nuances cítricas e florais.

Vinhos ícones:

Red One – Ótimo corpo, frutado, taninos equilibrados, aromas de frutas confitadas, na boca aparecem elegantes notas de café torrado, baunilha e chocolate, provenientes de seu tempo em barricas (50% Merlot, 35% Cabernet Franc, 10% Cabernet Sauvignon, 3% Malbec e 2% Petit Verdot – com 12 a 14 meses de carvalho francês). Premiação:
Safra 2007 - Guia Descorchados 90 pontos
Safra 2009 - Wine Spectator 90 pontos

Las Almas – A Carménère é a uva pela qual o Chile ficou famoso, a alma do vinho chileno, por isso o nome. Um vinho, de grande corpo, com taninos suaves e maduros, caráter elegante e muita complexidade. (95% Carménère e 5% Cabernet Franc com 10 a 12 meses de barril).
Premiação:
Safra 2009 - Guia Descorchados 90 pontos