domingo, 24 de abril de 2011

Vinhos de Supermercado (3) - Flor de Crasto 2008 Douro DOC Portugal

Este fim de semana experimentei o Flor de Crasto 2008, um Douro-DOC, da vinícola Quinta de Crasto - Portugal.


Há somente pouco mais de 20 anos, a região do Douro em Portugal passou a mostrar ao mundo que produz vinhos além dos tradicionais e famosos Vinhos do Porto. Hoje, vinhos de mesa (na legislação brasileira, a denominação é vinho fino) do Douro, feitos com as mesmas uvas do Porto – Touriga Franca, Touriga Nacional e Tinta Roriz entre outras, são reconhecidos mundialmente e a Quinta do Crasto é uma das principais vinícolas que representam esta nova era da região.

Nota do Importador: “Situada à margem direita do Rio Douro, entre a Régua e o Pinhão, a Quinta do Crasto é uma propriedade com cerca de 130 hectares, dos quais, 70 são ocupados por vinhas. Com localização privilegiada e importantes investimentos realizados nos últimos anos, esta tradicional vinícola conta com modernas instalações que produzem vinhos de altíssima qualidade. A paixão que é colocada na elaboração dos vinhos faz com que a Quinta do Crasto tenha produtos reconhecidos internacionalmente.”
Fiquem atentos a esta vinícola. O plano, extremamente desafiador, é de chegar a ser considerado “o Petrús, o Mouton-Rothschild, la crème de la crème do Douro”, por Miguel Roquete.

Sobre o Flor de Crasto 2008, é um vinho de entrada do portfólio (o vinho mais simples da vinícola) e é feito somente para o mercado internacional. O preço está entre R$30 e R$40 (comprei no Carrefour, mas tem no Pão de Açucar também), e é um bom custo x benefício. O vinho apresenta cor rubi e reflexos violetas com pouca transparência, é bem frutado e tem corpo médio, bom equilíbrio (taninos, álcool e acidez não sobressaem) e fresco.

Seguem notas do enólogo:
Castas
Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga Nacional
Idade das vinhas
8 a 10 anos
Sistematização
Vinha tradicional em Socalcos
Solo / Exposição
Xisto / Nascente-Sul
Denominação de Origem
Douro
Ano
2008
Alcool, vol %
13%
Vinificação
As uvas vindimadas e transportadas em caixas de 25 kg são sujeitas a uma rigorosa triagem à entrada da adega, antes de serem desengaçadas e esmagadas e transferidas para cubas de fermentação em aço inox onde fermentaram com temperatura controlada durante um período de 10 dias.
Envelhecimento
Em cubas de aço inox.
Engarrafamento
Em Agosto de 2009 • 157.333 garrafas (0,75 Litros)
Enólogos
Dominic Morris e Manuel Lobo
Dados Analíticos
Ac. Total: 4,95 gr/L • pH: 3,67 • Ac. Res.: 1,8 gr/L
Prova
Cor: Violeta brilhante.
Nariz: Excelente projecção aromática com notas de fruta silvestre fresca, bem integrada com suaves notas florais.
Boca: Inicio fresco e muito elegante. Volume médio, bem envolvido por taninos redondos de grande suavidade. Boas notas de fruta silvestre fresca integrada numa estrutura compacta, que conferem uma correcta persistência.

domingo, 17 de abril de 2011

Confraria Pane, Vinum et Caseus 16/Abril/2011


O casal Luiz e Ana nos recebeu em seu apartamento no Morumbi para mais uma reunião da Confraria Pane, Vinum et Caseus. O Luiz tem uma adega excelente e nos ofereceu um Barolo Aurelio Settimo 2003 e um Saint Emilion Cordier 1997 já de início.
A noite foi regada por entradas e prato ótimos com vinhos melhores ainda.

Como entrada tivemos alguns tipos de queijo, pão (já tradicional) do Grandisoli com alguns patês. Começamos com o Tokaji Furmint 2008 da St. Stephan´s Crown. Um tokaji sêco (pelo menos mais sêco que os conhecidos Aszú) muito floral e frutas frescas que sobressaia a pêra. Combinou muito bem com queijos, mas principalmente com o brie. Com o gorgonzola fez um ótimo conflito que ambos se sairam muito bem.
O prato principal, também a cargo do Grandisoli, foi um risotto com calabreza. Acompanhamos com o italiano Secco-Bertani Valpolicella Valpantena 2002. Feito com a técnica Ripasso, as uvas Corvina Corvina e Rondinella são refermentadas nas cascas de Recioto e recentemente Amarone. Esta técnica dá um balanço de frutas frescas com notas de especiarias, e concentração e estrutura. Trocando em muídos, o Valpolicella é um vinho mais simples porém com a ajuda do Amarone o vinho fica mais complexo (aromas como especiarias) e na boca fica com mais corpo. A harmonização também foi muito boa, pois o risotto é um prato com textura de gordura e a calabreza dá o toque apimentado.
A sobremesa tivemos Creme de Papaya com licor de cassis feito pelo Paulo, e chocolates portugueses que o Pedro trouxe.
Ainda tivemos outros vinhos com destaque para Quinta de Pancas Seleção do Enólogo 2006, Nero D´Avila Terre di Ginestra, Las Doces, Casa Silva Carmenere. Depois da meia noite, tomamos um Caballero de la Cepa Reserva Malbec para comemorar o Dia Mundial do Malbec.
Por fim, o Médoc 1997 Cordier para fechar com chave de ouro a noite.